Avanços recentes nas técnicas da Harmonização Facial

Avanços recentes nas técnicas da Harmonização Facial Dr. Hiram Fischer Trindade A harmonização facial tem se tornado um campo em rápida expansão dentro da estética, combinando ciência, arte e tecnologia. Este artigo explora os materiais utilizados nas principais técnicas de harmonização facial, incluindo preenchimentos dérmicos, toxina botulínica, fios de sustentação, e novas abordagens inovadoras. O foco está nas características, indicações, contraindicações e a evolução desses materiais, bem como suas implicações para a prática clínica. Referências bibliográficas atualizadas são fornecidas para suporte e aprofundamento. Introdução Nos últimos anos, a procura por tratamentos de harmonização facial cresceu exponencialmente. Esse fenômeno pode ser atribuído ao aumento da consciência da imagem pessoal e à influência das redes sociais. O conceito de harmonização facial busca equilibrar as proporções do rosto e melhorar a estética facial através de diversas técnicas e materiais. Este artigo aborda os materiais mais recentes e suas aplicações, visando fornecer uma visão abrangente e atualizada sobre o tema. 1. Preenchimentos Dérmicos Os preenchimentos dérmicos são substâncias injetáveis utilizadas para restaurar o volume facial, suavizar rugas e melhorar os contornos. Eles podem ser classificados em diversas categorias: 1.1 Ácido Hialurônico O ácido hialurônico (AH) é um dos materiais mais populares devido à sua biocompatibilidade, biodegradabilidade e capacidade de retenção de água. Recentemente, novos produtos de AH foram desenvolvidos com diferentes propriedades viscoelásticas, resultando em melhores resultados estéticos e durabilidade. Referência: Cho, J. C., & Lee, Y. H. (2021). “The use of hyaluronic acid fillers in aesthetic medicine.” Journal of Aesthetic Dermatology, 49(4), 275-280. 1.2 Hidroxiapatita de Cálcio Este material é utilizado para aumentar a firmeza do tecido e estimular a produção de colágeno. A hidroxiapatita de cálcio (CaHA) é frequentemente empregada em áreas como maçãs do rosto e mandíbula, onde uma maior estrutura é desejada. Referência: Sadick, N. S., & Shapiro, N. (2020). “The Role of Calcium Hydroxylapatite in Aesthetic Medicine.” Aesthetic Surgery Journal, 40(2), 202-210. 1.3 Poliacrilamida Os géis de poliacrilamida são frequentemente criticados por sua associação com complicações, mas sua evolução tem promovido formulações mais seguras. Eles oferecem um efeito volumizador e são utilizados principalmente em áreas de suporte facial. Referência: Moura, C. D., et al. (2022). “Polyacrylamide gels in facial augmentation procedures.” Dermatologic Surgery, 48(2), 211-217. 2. Toxina Botulínica A toxina botulínica (BTX) é uma das opções mais conhecidas para o tratamento de rugas dinâmicas. Ela atua bloqueando a liberação de acetilcolina, levando ao relaxamento das fibras musculares. 2.1 Aplicações Avançadas Recentemente, técnicas de aplicação mais refinadas têm sido desenvolvidas, como o “Botox Masseter”, que visa o afinamento do rosto e a melhoria do contorno mandibular. Referência: Moers-Carpi, M., & Huang, B. (2021). “Innovative Approaches in Botulinum Toxin Use for Facial Aesthetics.” Aesthetic Plastic Surgery, 45(3), 1200-1207. 3. Fios de Sustentação Os fios de sustentação são uma técnica inovadora utilizada para levantar e redefinir a forma do rosto. Eles podem ser classificados em dois tipos principais: absorvíveis e não absorvíveis. 3.1 Fios Absorvíveis Os fios absorvíveis, feitos geralmente de ácido polilático ou polidioxanona, promovem a produção de colágeno e são utilizados para efeitos de lifting. Referência: Xia, Y. X., et al. (2020). “Absorbable Threads in Aesthetic Medicine: A Comprehensive Review.” Plastic and Reconstructive Surgery*, 145(4), 921-930. 3.2 Fios não absorvíveis Estes fios, feitos de polipropileno, são utilizados em técnicas de lifting mais permanentes, mas com o risco potencial de complicações a longo prazo. Referência: Kim, H. S., & Park, S. H. (2020). “Non-Absorbable Suspenders: A New Era in Facial Lifting.” Aesthetic Surgery Journal, 40(10), 1064-1071. 4. Mesoterapia A mesoterapia, técnica que envolve a injeção de substâncias na camada média da pele, tem se tornado popular para rejuvenescimento facial. 4.1 Substâncias Utilizadas As substâncias mais comumente utilizadas incluem ácido hialurônico, vitaminas, e diversos fatores de crescimento. Referência: Esteves, B., et al. (2022). “Mesotherapy: An Overview of Its Applications in Cosmetic Medicine.” Clinical, Cosmetic and Investigational Dermatology, 15, 415-422. 5. Novas Abordagens e Tecnologias A inovação no campo da harmonização facial tem permitido o uso de novas tecnologias, como a biorevitalização e bioestimuladores de colágeno. 5.1 Bioestimuladores Os bioestimuladores, como poliacrilamida e ácido polilático, têm mostrado resultados promissores na melhoria da elasticidade e na regeneração do tecido. Referência: Almeida, R. L., et al. (2023). “Biostimulators in Aesthetic Medicine: Efficacy and Safety.” Journal of Aesthetic Dermatology, 55(1), 100-107. 5.2 Tecnologia de Ultrassom e RF Novas tecnologias, como ultrassom microfocado e radiofrequência, estão sendo cada vez mais utilizadas para elevamento e rejuvenescimento facial. Referência: Bae, J. H., & Lee, H. J. (2023). “Emerging Technologies in Facial Aesthetics: Ultrasound and Radiofrequency.” Aesthetic Surgery Journal, 43(1), 65-75. Conclusão A harmonização facial é um campo que continua a evoluir, com novas substâncias e técnicas surgindo para atender às demandas dos pacientes. A compreensão dos materiais utilizados, suas propriedades, benefícios e riscos é fundamental para que os profissionais proporcionem resultados seguros e satisfatórios. O conhecimento contínuo, aliado à formação adequada, é crucial para a prática bem-sucedida na estética facial. Referências Bibliográficas Cho, J. C., & Lee, Y. H. (2021). “The use of hyaluronic acid fillers in aesthetic medicine.” Journal of Aesthetic Dermatology, 49(4), 275-280. Sadick, N. S., & Shapiro, N. (2020). “The Role of Calcium Hydroxylapatite in Aesthetic Medicine.” Aesthetic Surgery Journal, 40(2), 202-210. Moura, C. D., et al. (2022). “Polyacrylamide gels in facial augmentation procedures.” Dermatologic Surgery, 48(2), 211-217. Moers-Carpi, M., & Huang, B. (2021). “Innovative Approaches in Botulinum Toxin Use for Facial Aesthetics.” Aesthetic Plastic Surgery, 45(3), 1200-1207. Xia, Y. X., et al. (2020). “Absorbable Threads in Aesthetic Medicine: A Comprehensive Review.” Plastic and Reconstructive Surgery, 145(4), 921-930. Kim, H. S., & Park, S. H. (2020). “Non-Absorbable Suspenders: A New Era in Facial Lifting.” Aesthetic Surgery Journal, 40(10), 1064-1071. Esteves, B., et al. (2022). “Mesotherapy: An Overview of Its Applications in Cosmetic Medicine.” Clinical, Cosmetic and Investigational Dermatology, 15, 415-422. Almeida, R. L., et al. (2023). “Biostimulators in Aesthetic Medicine: Efficacy and Safety.” Journal of Aesthetic Dermatology, 55(1), 100-107. Bae, J. H., & Lee, H. J. (2023). “Emerging Technologies in Facial Aesthetics: Ultrasound and Radiofrequency.” Aesthetic Surgery Journal, 43(1), 65-75.

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Inovações em Enxertos Ósseos para Implantes Dentários

Dr. Hiram Fischer Trindade Resumo A reabilitação oral com implantes dentários é um tratamento amplamente utilizado para pacientes com perda dentária. No entanto, para o sucesso do implante, uma quantidade e qualidade óssea adequadas são fundamentais. Em muitos casos, pacientes apresentam defeitos ósseos ou reabsorção alveolar, o que torna necessário o uso de enxertos ósseos para promover a osteointegração adequada. Este artigo revisa as inovações mais recentes no campo dos enxertos ósseos para implantes dentários, com foco em biomateriais, engenharia tecidual, enxertos autólogos e técnicas minimamente invasivas. Através de uma análise aprofundada da literatura científica, este artigo destaca os avanços mais significativos e suas implicações clínicas. Introdução A colocação de implantes dentários é um procedimento restaurador de sucesso que requer uma base óssea saudável e estável. No entanto, a perda óssea na região maxilofacial, causada por trauma, doenças periodontais ou reabsorção óssea após a extração dentária, é um desafio frequente na prática clínica. Quando a quantidade de osso disponível é insuficiente para a ancoragem de implantes dentários, os enxertos ósseos são frequentemente necessários para reconstruir a base óssea. Nos últimos anos, diversas inovações surgiram no campo dos enxertos ósseos, incluindo novos materiais e técnicas que têm como objetivo melhorar a previsibilidade e o sucesso a longo prazo dos implantes dentários. Este artigo tem como objetivo discutir as inovações mais recentes no uso de enxertos ósseos para implantes dentários. Biomateriais para Enxertos Ósseos A escolha do material do enxerto ósseo é um fator crucial no sucesso da regeneração óssea. Tradicionalmente, os enxertos autólogos, retirados do próprio paciente, são considerados o padrão ouro devido à sua biocompatibilidade superior e potencial osteogênico. No entanto, a necessidade de uma segunda cirurgia para a coleta do enxerto e a limitação na quantidade de osso disponível são desvantagens significativas. Enxertos Autólogos Os enxertos autólogos continuam a ser amplamente utilizados, especialmente em casos de grandes defeitos ósseos. Eles oferecem uma capacidade osteogênica, osteoindutiva e osteocondutiva incomparáveis em relação a outros tipos de enxertos. Contudo, os avanços na coleta de enxertos autólogos, como o uso de enxertos minimamente invasivos, têm melhorado a aceitação dos pacientes e reduzido a morbidade associada à coleta óssea. Técnicas como a raspagem óssea e o uso de trepanações minimamente invasivas têm sido exploradas para minimizar os efeitos colaterais e o desconforto do paciente. Enxertos Xenógenos e Alógenos Os enxertos alógenos, derivados de doadores humanos, e os enxertos xenógenos, geralmente provenientes de bovinos, tornaram-se alternativas viáveis aos enxertos autólogos. Esses materiais são submetidos a processos rigorosos de desmineralização e esterilização, o que reduz o risco de rejeição e transmissão de doenças. Os avanços no processamento desses materiais resultaram em enxertos de alta qualidade, com características osteocondutivas favoráveis. A capacidade de fornecer grandes quantidades de material ósseo sem a necessidade de uma cirurgia adicional para o paciente tem impulsionado o uso desses enxertos em procedimentos de reconstrução óssea para implantes dentários. Substitutos Sintéticos Os substitutos ósseos sintéticos, como fosfato de cálcio, hidroxiapatita e β-tricálcio fosfato, têm atraído a atenção por sua capacidade de serem produzidos em larga escala e pela ausência de risco de transmissão de doenças. A hidroxiapatita, por exemplo, é um dos materiais mais comumente usados devido à sua semelhança estrutural e química com o tecido ósseo natural. O desenvolvimento de materiais híbridos, que combinam substitutos sintéticos com fatores de crescimento e células-tronco, também tem mostrado resultados promissores na aceleração da regeneração óssea. Engenharia Tecidual Nos últimos anos, a engenharia tecidual emergiu como uma abordagem revolucionária para a regeneração óssea. Essa tecnologia envolve o uso de células, fatores de crescimento e biomateriais para criar um ambiente favorável à regeneração tecidual. Três componentes principais são considerados nessa abordagem: Fatores de Crescimento Os fatores de crescimento, como a proteína morfogenética óssea (BMP), têm sido amplamente utilizados para estimular a osteogênese em áreas de defeito ósseo. A introdução de BMP-2 e BMP-7 nos enxertos ósseos demonstrou aumentar significativamente a formação óssea ao redor dos implantes dentários, promovendo a osteointegração e reduzindo o tempo de cicatrização. Células-Tronco A utilização de células-tronco mesenquimais (CTMs), que possuem a capacidade de se diferenciar em células ósseas, tem sido um avanço importante na regeneração óssea. Essas células podem ser coletadas de diferentes fontes, como a medula óssea e o tecido adiposo, e, quando combinadas com scaffolds bioativos, têm mostrado resultados promissores em estudos clínicos e experimentais. Scaffolds Bioativos Os scaffolds bioativos são estruturas tridimensionais projetadas para suportar a regeneração óssea, proporcionando um arcabouço onde as células podem se fixar e proliferar. Recentemente, os scaffolds feitos com materiais biodegradáveis, como polilactida e poliglicolida, têm sido amplamente pesquisados. A combinação de scaffolds com células-tronco e fatores de crescimento tem mostrado uma grande promessa em promover a formação óssea de maneira mais eficiente e previsível. Técnicas Minimamente Invasivas A evolução das técnicas cirúrgicas tem sido um fator determinante no sucesso dos enxertos ósseos. As técnicas minimamente invasivas visam reduzir a morbidade, o tempo de recuperação e as complicações pós-operatórias, sem comprometer o sucesso do procedimento. Expansão Alveolar A expansão alveolar é uma técnica utilizada em pacientes com cresta alveolar estreita, onde a quantidade de osso é insuficiente para a colocação de implantes. Essa técnica consiste em expandir o osso residual com dispositivos especiais, permitindo a colocação do implante sem a necessidade de enxertos volumosos. Estudos demonstram que a expansão alveolar, quando realizada corretamente, apresenta altas taxas de sucesso e uma cicatrização mais rápida em comparação com os métodos tradicionais de enxertia óssea. Técnicas Guiadas por Computador O uso de técnicas de cirurgia guiada por computador tem revolucionado o planejamento e a execução dos enxertos ósseos. A tomografia computadorizada (TC) combinada com softwares de planejamento tridimensional permite uma análise precisa do defeito ósseo e uma melhor colocação dos enxertos e implantes. Essa abordagem melhora a previsibilidade dos resultados e reduz o risco de complicações intraoperatórias. Regeneração Óssea Guiada (ROG) A regeneração óssea guiada é uma técnica que utiliza membranas bioabsorvíveis ou não absorvíveis para isolar a área de enxerto ósseo, impedindo a invasão de células epiteliais e tecidos moles durante o processo de cicatrização. … Continued

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Domínio das Técnicas de Elevação do Seio Maxilar na Implantologia Dentária

Dr. Hiram Fischer Trindade – OMD 2764 Introdução A elevação do seio maxilar é um procedimento essencial na implantologia, especialmente para pacientes com altura óssea insuficiente na maxila posterior. Este artigo detalha técnicas avançadas de elevação do seio, com ênfase no contexto português, abordando desde a indicação até os cuidados pós-operatórios, passando por estudos de caso locais que exemplificam a prática bem-sucedida. Indicações para Elevação do Seio Maxilar Deficiência Óssea A insuficiência de altura óssea na região posterior da maxila é uma condição comum que requer elevação do seio para garantir a estabilidade e longevidade dos implantes dentários. Esta deficiência pode ser resultado de reabsorção óssea após a extração dentária, doenças periodontais ou trauma. Avaliação do Paciente Selecionar os candidatos adequados para a elevação do seio é crucial para o sucesso do procedimento. Em Portugal, critérios como a qualidade e quantidade do osso residual, a anatomia do seio maxilar, e a saúde geral do paciente são considerados. Exames clínicos e radiográficos detalhados, incluindo tomografias computadorizadas de feixe cónico (CBCT), são essenciais para um planeamento preciso. Visão Geral das Técnicas Técnica da Janela Lateral Passos do Procedimento A técnica da janela lateral é indicada para casos onde há necessidade de grande quantidade de elevação óssea. O procedimento envolve a criação de uma janela óssea lateral no seio maxilar, permitindo acesso direto para a elevação da membrana sinusal e inserção do material de enxerto ósseo. Instrumentação Utilizam-se instrumentos como brocas cirúrgicas específicas para a criação da janela, curetas para a elevação da membrana, e materiais de enxerto ósseo autógeno, alógeno ou xenógeno. Ferramentas adicionais como micro-sistemas piezoelétricos podem ser usadas para minimizar o risco de perfuração da membrana sinusal. Seleção de Casos Esta técnica é ideal para pacientes com altura óssea residual menor que 5mm. É particularmente útil quando a necessidade de aumento ósseo é significativa, permitindo uma maior visualização e manipulação da área de enxerto. Técnica Transcrestal (Osteótomo) Abordagem Minimamente Invasiva A técnica transcrestal, também conhecida como técnica do osteótomo, é uma abordagem minimamente invasiva para elevações do seio com menor necessidade de aumento ósseo. Utiliza-se um osteótomo para fraturar controladamente a cortical óssea e elevar a membrana sinusal através do local de perfuração do implante. Aplicações Esta técnica é preferida para elevações de menor escala, geralmente quando há pelo menos 5-6mm de altura óssea residual. É menos invasiva, resultando em menor tempo de recuperação e reduzindo o risco de complicações. Procedimento Passo a Passo Planeamento Pré-operatório Ferramentas de Imagem e Diagnóstico O planeamento pré-operatório detalhado é essencial para o sucesso do procedimento. As tomografias computadorizadas de feixe cónico (CBCT) fornecem uma visão tridimensional precisa da anatomia do seio maxilar e da estrutura óssea. Estes dados são utilizados para mapear o local exato da elevação, evitando estruturas anatómicas críticas e minimizando riscos. Padrões Radiológicos Portugueses Em Portugal, os padrões radiológicos são regulamentados pela Direção-Geral da Saúde (DGS). É fundamental assegurar que todas as imagens radiográficas estejam em conformidade com estas diretrizes, garantindo a segurança e a qualidade do diagnóstico. Passos Cirúrgicos Técnica da Janela Lateral Anestesia Local: Administração de anestesia local para assegurar conforto ao paciente. Incisão e Descolamento: Realização de uma incisão na gengiva e descolamento do retalho mucoperiosteal para expor a parede lateral do seio maxilar. Criação da Janela Lateral: Utilização de brocas cirúrgicas para criar uma janela na parede lateral do seio, expondo a membrana sinusal. Elevação da Membrana Sinusal: Cuidadosa elevação da membrana sinusal utilizando curetas especiais, criando espaço para o material de enxerto. Inserção do Enxerto Ósseo: Preenchimento do espaço criado com material de enxerto ósseo, promovendo a regeneração óssea. Fechamento do Retalho: Sutura do retalho mucoperiosteal e aplicação de cuidados pós-operatórios. Técnica Transcrestal Anestesia Local: Administração de anestesia local. Perfuração Inicial: Criação de um pequeno orifício na crista alveolar utilizando uma broca piloto. Uso do Osteótomo: Introdução de osteótomos incrementais para fraturar controladamente a cortical óssea e elevar a membrana sinusal. Inserção do Enxerto: Introdução do material de enxerto através do orifício perfurado. Colocação do Implante: Colocação imediata do implante, se aplicável, seguido de fechamento do local cirúrgico. Gestão de Complicações Identificação de Complicações Complicações como perfuração da membrana sinusal, infeção, e deslocamento do enxerto são riscos associados aos procedimentos de elevação do seio. A identificação precoce e o manejo adequado são essenciais para mitigar esses riscos. Manejo de Complicações Perfuração da Membrana: Em caso de perfuração, o uso de membranas de colágeno pode ajudar na reparação. Técnicas de sutura endoscópica também podem ser consideradas. Infeção: Administração de antibióticos profiláticos e monitorização rigorosa do local cirúrgico. Deslocamento do Enxerto: Revisão cirúrgica pode ser necessária para reposicionar o enxerto. Estudos de Caso Exemplos Portugueses Caso 1: Clínica X em Lisboa Um paciente de 55 anos, com altura óssea residual de 3mm, necessitava de implantes na região posterior da maxila. Foi escolhida a técnica da janela lateral, utilizando enxerto ósseo autógeno combinado com xenógeno. O acompanhamento de 12 meses mostrou integração óssea bem-sucedida e estabilidade do implante. Referência: Santos, A., & Costa, M. (2020). Resultados Clínicos da Elevação do Seio Maxilar com Técnica de Janela Lateral. Revista Portuguesa de Implantologia, 12(3), 134-142. Caso 2: Clínica Y no Porto Um paciente de 60 anos, com 5mm de altura óssea residual, foi submetido à técnica transcrestal. Utilizou-se PRF (Fibrina Rica em Plaquetas) combinado com enxerto ósseo alógeno. A técnica minimamente invasiva resultou em recuperação rápida e sucesso do implante após 6 meses de acompanhamento. Referência: Oliveira, R., & Martins, J. (2019). Uso de PRF em Elevações do Seio Maxilar com Técnica Transcrestal: Um Estudo de Caso. Jornal de Implantologia Dentária, 8(2), 78-85. Conclusão Dominar as técnicas de elevação do seio maxilar é crucial para a colocação bem-sucedida de implantes em casos desafiadores. A escolha da técnica adequada, baseada na avaliação clínica e radiográfica, combinada com um planeamento pré-operatório meticuloso e uma execução precisa, garante melhores resultados para os pacientes e maior satisfação na prática clínica.

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Reabilitação total fixa sobre implantes na maxila e na mandíbula

  Dr. João Pedro Mendes Pires Orientador: Dr. Hiram Fischer Trindade Co-orientador: Dr. Edson Ávila Porto, setembro de2015 Índice Introdução 3 Reabilitação de Desdentados Totais 4 Prótese Fixa Sobre Implantes: Vantagens e Desvantagens 4 Opções Protéticas Fixas 6 Tipo 2 7 Tipo 3 8 Plano de Tratamento 11 Sequência de Tratamento 11 Posição dos Implantes 12 Número de Implantes 13 Fatores de Força do Paciente 14 Reabilitação Fixa na Mandíbula 16 Opções de Tratamento 16 Opção 1 16 Opção 2 19 Opção 3 20 Opção 4 21 Opção 5 22 Reabilitação Fixa na Maxila 24 Posição do Lábio Superior 24 Forma da Arcada Maxilar 25 Número de Implantes 27 Conclusões 31 Bibliografia 32 Introdução Os implantes dentários são usados principalmente para substituir os dentes de um paciente parcial ou completamente desdentado ou para segurar próteses removíveis. Portanto, a finalidade típica de um implante dentário é agir como um pilar para um dispositivo protético, semelhante a uma raiz natural do dente e sua coroa. Milhões de pacientes adultos no mundo são desdentados totais. Nos últimos 15 anos, muitos desses pacientes foram tratados com uma overdenture sobre implantes, o que é uma grande melhoria em comparação com uma prótese total tradicional. No entanto, muito frequentemente, uma opção de reabilitação fixa não é sequer apresentada ao paciente. A retenção, estabilidade e suporte de uma prótese total suportada por implantes são muito superiores em comparação com as outras opções de tratamento. A maioria dos pacientes parcialmente desdentados prefere uma prótese fixa para recuperar a sua dentição. Existem muitas vantagens para o paciente ao fazer uma reabilitação fixa sobre implantes, independente dos dentes naturais restantes. Reabilitação de Desdentados Totais A Implantologia é semelhante à maioria dos aspetos da Medicina Geral, pois todo o tratamento começa com o diagnóstico da condição do paciente. Muitas opções de tratamento têm por base as informações do diagnóstico. A Medicina Dentária tradicional oferece opções de tratamento limitadas para os desdentados totais, já que a prótese total é considerada a única opção. No entanto, em Implantologia um número de opções de tratamento estão disponíveis para a maioria dos pacientes parcialmente ou totalmente desdentados. Portanto, após o diagnóstico dentário do sistema estomatognático estar completo, a escolha do plano de tratamento tem por base o paciente e o seu problema. Nem todos os pacientes devem ser tratados com o mesmo tipo ou desenho de reabilitação, mesmo quando as suas condições orais são semelhantes. Hoje em dia, para satisfazer previsivelmente as necessidades e desejos do paciente, uma prótese deve ser em primeiro lugar projetada. A restauração final é primeiro planeada, tal como um arquiteto projeta um edifício antes de fazer os alicerces.1 Prótese Fixa Sobre Implantes: Vantagens e Desvantagens Num desdentado total, as próteses removíveis implanto-suportadas são muitas vezes o plano de tratamento escolhido pelo seu custo reduzido e por oferecerem várias vantagens em relação às reabilitações fixas. O seu custo reduzido está relacionado com a necessidade de menor número de implantes, já que os tecidos moles também suportam a prótese. Neste caso, os implantes são colocados nas regiões anteriores, e os implantes são principalmente usados para melhorar a retenção e aumentar a estabilidade da reabilitação. As reabilitações fixas sobre implantes apresentam também muitos benefícios comparando com as próteses removíveis (Tabela 1). Uma reabilitação fixa sobre implantes pode ser indicada em pacientes parcialmente ou totalmente desdentados. A vantagem psicológica das reabilitações fixas é o seu maior benefício, e os pacientes muitas vezes referem que os dentes sobre implantes são melhores do que os seus anteriores dentes da prótese removível. Normalmente, as próteses fixas são mais duradoras e apresentam menos complicações do que as overdentures, pois os attachments não requerem substituição e os dentes das próteses acrílicas apresentam um desgaste mais rápido do que os de cerâmica sobre metal. Além disso, a acumulação de comida sob uma prótese total removível é muito maior do que nas fixas. Vantagens das reabilitações fixas em desdentados parciais e totais 1. Psicológica (maior semelhança táctil aos dentes naturais). 2. Osso abundante e altura de coroa inadequada para se poder fazer uma overdenture removível. 3. Longevidade (tempo de vida semelhante aos implantes) 4. Menos manutenção (sem attachments para substituir ou ajustar) 5. Menos acumulação de comida 6. Número de implantes utilizado semelhante ao das overdentures implanto-suportadas 7. Custos laboratoriais semelhantas às overdentures implanto-suportadas *Tabela 1 Muitas vezes, os planos de tratamento para desdentados totais consistem numa prótese removível superior e uma overdenture mandibular com dois implantes. No entanto, a longo prazo, esta opção de tratamento pode tornar-se num problema para o paciente. A falta de suporte posterior mandibular fará a perda óssea posterior continuar.3 São esperadas parestesia, alterações faciais, e oclusão posterior reduzida na prótese maxilar. Como consequência, a prótese superior torna-se menos estável e a arcada maxilar continua a perder osso.3,4 Quando esta dimensão óssea disponível é perdida, o paciente tem menos retenção e estabilidade na reabilitação de ambas as arcadas. O médico deve diagnosticar a quantidade de perda óssea e evitar as suas consequências na função, estética facial, saúde psicológica e geral do paciente. Opções Protéticas Fixas Em 1989, Misch propôs cinco tipo de reabilitações sobre implantes5 (Tabela 2). As três primeiras opções são de próteses fixas. Estes três tipos podem substituir um, vários ou todos os dentes e podem ser cimentadas ou aparafusadas. Neste trabalho serão apenas mencionados os tipos 2 e 3. Classificação Protética Tipo Definição PF-1 Prótese fixa; Substitui somente a coroa; Parece um dente natural PF-2 Prótese fixa; Substitui a coroa e uma porção da raiz; contorno da coroa aparece normal na metade oclusal mas é alongado na metade gengival PF-3 Prótese fixa; Substitui as coroas em falta, a cor gengival e uma parte do local desdentado; a prótese utiliza frequentemente dentes e gengiva em cerâmica PR-4 Prótese removível; overdenture suportada completamente por implantes (geralmente com uma subestrutura em barra) PR-5 Prótese removível; overdenture suportada por implantes e tecidos moles (pode ou não ter uma subestrutura em barra) Tabela 2; Adaptado de: Misch CE: Bone classification training keys, Dent Today 8:39-44, 1989. Tipo … Continued

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Presence of Gingival Recession or Noncarious Cervical Lesions on Teeth under Occlusal Trauma: A Systematic Review

Presence of Gingival Recession or Noncarious Cervical Lesions on Teeth under Occlusal Trauma: A Systematic Review Drs Pedro Maria Bastião Peliz Senos Tróia1 Tobias Rauber Spuldaro1 Patrícia Alexandra Barroso da Fonseca2 Gustavo Vicentis de Oliveira Fernandes2,   Department of Dental Medicine, Universidade Católica Portuguesa, Viseu, Portugal Centre for Interdisciplinary Research in Health (CIIS), Department of Dental Medicine, Universidade Católica Portuguesa, Viseu, Portugal Address for correspondence Gustavo Vicentis de Oliveira Fernandes, PhD, Quinta da Alagoa Ave., 225 – 1 DT, Viseu, 3500-606, Portugal (e-mail: gustfernandes@gmail.com). Eur J Gen Dent 2021;10:50–59. Abstract Even though many pro- fessionals have categori- cally affirmed that there is a relation between trauma occlusal and gin- gival recession/noncar- ious cervical lesion, this systematic review found the absence of strong lit- erature to really prove it. Once defined, it allows the therapeutic focus to centre on the causal or contributing factors and preventing or reducing future recurrence. The goal of this research was to carry out a systematic review to verify the possible influence of occlusal factors on the occurrence of gingival recession and noncarious cervical lesions. To answer the specific research question—whether gingival reces- sion or noncarious cervical lesions on teeth are present under occlusal trauma—a bibliographic search was conducted at MEDLINE/PubMed, Web of Science, and Gray Literature databases focusing on articles published, following strict inclusion cri- teria based on randomized clinical trials, controlled clinical studies, and case series, with restricted language (English) and publication date between March 2010 and March 2020, considering patients with occlusal trauma and gingival recession/non- carious cervical injuries. Questionnaires, animal or laboratory studies, case reports, and interviews were excluded. First, the title and/or abstract of the articles obtained were analyzed and, finally, a full-text reading was performed. Given the amount and diversity of the final studies, a qualitative analysis was made. Based on the established criteria, it was possible to obtain an initial 757 articles. After screening, five articles were included, and then qualitative analysis was performed. The results described in the articles were different, given the heterogeneity of the articles subjected to anal- ysis. A few studies were published in the past 10 years, suggesting that the traumatic occlusion seems to be associated with the occurrence of the noncarious cervical lesion while it is not possible to arrive at a conclusion with regard to the association of gingi- val recession and occlusal trauma. DOI https://doi.org/ 10.1055/s-0041-1732781 ISSN 2320-4753 © 2021. European Journal of General Dentistry. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial-License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commercial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/). Thieme Medical and Scientific Publishers Pvt. Ltd. A-12, 2nd Floor, Sector 2, Noida-201301 UP, India GR and NCCL Associated with Occlusal Trauma Tróia et al. 51 Introduction Gingival recession (GR) is defined as the migration of the marginal gingiva to an apical level, using as reference the cementoenamel junction (CEJ), exposing the root surface and involving loss of periodontal attachment apparatus.1,2 Multiple factors can be involved causing or aggravating the GR,2,3 which can be divided into three groups: anatomical factors (dehiscence of the alveolar bone and abnormal posi- tion of the teeth), physiological factors (orthodontic move- ments), and pathological factors (abrasive and traumatic brushing, intra- and perioral piercing, tooth mobility, partial denture, deficient dental restorations [mainly with subgingi– val margins], bacterial plaque, periodontal diseases, damages resulting from iatrogenesis and use of tobacco [smoking], and occlusal trauma).4-9 Occlusal trauma is characterized as an excessive masti- catory force with varying intensities, present in premature contacts or interferences, that exceeds the adaptive and repar- ative physiological capacity of the periodontal resistance.10,11 Consequently, bone resorption may occur, normally, in the tooth’s cervical region10 due to forces that are concentrated in a few points of the tooth,12,13 characterizing a pathological occlusion.14-16 Hence, occlusal disturb may increase inflammation of the periodontal structures and destruction of the collagen matrix, enhancing the osteoclasts activities,17 and causing GRs,6,10 which may cause greater susceptibility to the occurrence of root caries and root abrasion, jeopardizing esthetic, dentin hypersensitivity, reduction of keratinized tissue, and dis- harmony of the gingival margin.5,7 However, it should also be noted that the occurrence of a traumatic occlusal force depends on factors such as magnitude, direction, duration, and frequency.18 Therefore, the relation between GR and occlusal trauma needs to be clarified. Another factor related to occlusal trauma is the presence of noncarious cervical lesions (NCCLs). Abrasion (abnormal frictional biomechanical process), erosion (mainly due to acidic dissolution), and abfraction (pathological loss of den- tal hard tissues due to biomechanical occlusal forces)19,20 zwas suggested, based in a little evidence existent, as a hypothetical component of cervical wear and could also be associated with periodontal disease.21 A study of NCCL pointed to abrasive toothpaste and traumatic brushing as the main causes of their occurrence.22 However, Lee and Eakle23 proposed that the occlusal forces with relevant cervical stress, resulting in the breaking of the enamel hydroxyapatite bonds and the consequent microfracture, chipping, and loss of structure,24 could play a major role in the NCCL etiology. Since it was suggested, several laboratory studies of finite elements and in vivo have emerged. Bernhardt et al25 considered that this association exists, although other clini- cal researches26,27 studied individuals with a parafunctional habit of bruxism who had an even greater number of NCCL than subjects without any habit. Thereby, occlusal adjust- ments to eliminate interferences have not decreased the pro- gression of NCCL.22 Furthermore, in a 3-year follow-up study,28 it was suggested that the facets consequent of occlusal wear was associated with a higher incidence of NCCL. Although the NCCL etiology is currently supported by the biomechanical concept of distribution of occlusal forces, there is a lack of sci- entific evidence.5 Then, it is wrong to restrict only one mech- anism responsible for the occurrence of any NCCL type.29 Observing the aforementioned facts, the aim of this sys- tematic review (SR) was identifying … Continued

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CURSO DE IMPLANTOLOGIA E REABILITAÇÃO ORAL

Nos dias 21, 22 e 23 de junho foi realizado o módulo dos componentes protéticos sobre inplantes. Neste módulo o foco está nos componentes protésicos e possibilidades de reabilitações. Nesta fase os alunos concluiram as cirurgias de aplicação de implantes e iniciam os estudos para realizarem as próteses sobre os implantes colocados.    

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MEDICAÇÃO PRÉ E PÓS OPERATÓRIA EM CIRURGIA DE IMPLANTES DENTÁRIOS

Universidade Fernando Pessoa CEPG, “Centro Europeu de Pós Graduação” ESORIB,“European School of Oral Implantology Rehabilitation and Biomaterials” DIPLOMA UNIVERSITÁRIO DE IMPLANTOLOGIA E REABILITAÇÃO ORAL www.posgraduacao.eu     Curso de Implantologia e Reabilitação Oral MEDICAÇÃO PRÉ E PÓS OPERATÓRIA EM CIRURGIA DE IMPLANTES DENTÁRIOS Dra. Virginia Martinho Setembro, 2012 AGRADECIMENTOS Agradeço a todos os que acreditam em mim e me ajudam a caminhar todos os dias….passo a passo chegarei lá! “Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento, assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade”. (A.Caeiro) ‌Resumo‌ Quantos dias de antibiótico após implante dentário? O presente trabalho insere-se na pesquisa qualitativa e pretende destacar a importância da medicação pré e pós operatória em cirurgia de implantes dentários. Procurou-se conhecer as diferentes percepções dos autores sobre o tema de investigação, partindo do pressuposto de que se evoluiu de forma notória nos últimos anos em termos de técnicas dentárias como os implantes. A pesquisa bibliográfica foi realizada através de artigos científicos na base de dados da Pubmed, Scielo e Science Direct, além de consulta bibliográfica de várias obras importantes. Os resultados ilustraram de forma significativa que a profilaxia pré e pós- operatória em implantes dentários são importantes na prevenção, tratamento de situações patológicas como as infeções, ansiedade dos pacientes, dor e edema. Palavras-chave: medicação pré e pós-operatória, implantes dentários, profilaxia antibiótica, ansiolítica e analgésica ‌Abstract‌ This work is part of the qualitative research and aims to highlight the importance of pre and post operative medication for dental implant surgery. We sought to understand the perceptions of different authors on the topic of research, assuming that evolved noticeably in recent years in terms of techniques such as dental implants. A literature search was conducted through scientific articles in the Pubmed database, Scielo and Science Direct, and bibliographic several important works. The results illustrated that significantly prophylaxis pre-and post-operative dental implants are important in the prevention, treatment of pathological conditions such as infections, patients’ anxiety, pain and edema. ‌Índice Geral‌ Resumo 3 Abstract 4 Índice Geral 5 Índice de Figuras 6 Introdução 7 Mecanismo de ação dos antibióticos 8 Profilaxia antibiótica 10 Implantes dentários, uma abordagem ao tratamento 13 Papel dos antibióticos na profilaxia de implantes dentários 16 Profilaxia com outro tipo de medicação 20 Principais estudos científicos 23 Conclusões 28 Bibliografia 29 ‌Índice de Figuras‌ Figura 1 – Mecanismo de ação de alguns antibióticos utilizados na profilaxia dentária 9 Figura 2 – Tomografia dentária antes da cirurgia com implante 14 Figura 3 – Implantes dentários 15 Figura 4 – Dor Inflamatória aguda e tratamento com corticosteroides 27 ‌Introdução‌ Quantos dias de antibiótico após implante dentário? Atualmente, a estética do sorriso é alvo de grande importância individual, social e profissional o que leva a uma maior procura de tratamentos dentários que restabeleçam este requisito. Quando abrange de um a seis dentes denomina-se hipodontia, se abranger mais peças dentárias denomina-se hipodontia grave ou oligodontia e se a ausência dentária congénita abrange todos os dentes denomina-se anodontia. Os pacientes portadores de agenesias dentárias no sector anterior apresentam normalmente uma grande insatisfação com a estética do seu sorriso além dos problemas de mastigação, fonação e dicção que manifestam. Para o sucesso do tratamento das agenesias dentárias geralmente a abordagem do Médico Dentista é planeada de uma forma multidisciplinar na qual áreas como a Cirurgia Oral, Periodontologia, Dentisteria Operatória, Ortodontia, Prostodontia e Implantologia se interligam e complementam. A ausência de um dente permanente sucessor pode complicar a manutenção de espaço na dentição mista. Nos casos onde há presença de alinhamento, o tratamento possível será a extração dos primeiros pré- molares e o fecho do espaço remanescente. A maior parte das próteses tradicionais que se apresentam de forma móvel e fixa, têm vindo a ser substituídas pelos implantes dentais, que esteticamente são completamente distintos. No entanto, a investigação tem sido efetuada no sentido de pesquisar as diversas contrariedades no que respeita à utilização de antibióticos antes da colocação dos implantes. Segundo Sato (2008) os diversos protocolos existentes sobre a profilaxia cirúrgica são divididos em três principais grupos: a profilaxia pré-operatória, profilaxia pós-operatória e o conjunto das duas profilaxias. Geralmente, os antibióticos para a profilaxia cirúrgica são as penicilinas semissintéticas como fenoximetilpenicilina potássica (ou penicilina V), a ampicilina e, a amoxicilina. Tendo em conta estes importantes fatores, achei pertinente analisar a importância da profilaxia pré e pós operatória em cirurgia de implantes dentários. É sobre a análise deste aspeto que este trabalho pretende trazer um grande contributo de reflexão e de pesquisa, atendendo ao complexo fenómeno que constitui a prática da aplicação da profilaxia pré e pós operatória. Assim sendo, o principal objetivo deste trabalho é analisar se a prática da aplicação antibiótica pré e pós operatória é benéfica na implantação de implantes dentários. O presente trabalho está dividido cinco pontos principais que abordam temas sobre a profilaxia antibiótica, ansiolítica, anti-inflamatória e analgésica, bem como os efeitos desta, nos implantes dentários. ‌Mecanismo de ação dos antibióticos‌ Os antibióticos representam farmácos que são utilizados no tratamento de infecções bacterianas, no sentido de suprimirem o crescimento de outros microrganismos. Os antibióticos que são geralmente, utilizados em Implantologia, são classificados de acordo com a sua potência: os antibióticos bactericidas destroem as bactérias, e os antibióticos bacteriostáticos evitam que as bactérias se multipliquem, permitindo ao organismo eliminar as bactérias resistentes. Segundo Benahmed (2005) o antibiótico de eleição utilizado na prevenção da cicatrização retardada, nomeadamente, dentária, deve ser bactericida e de baixa toxicidade.   ‌Figura 1 – Mecanismo de ação de alguns antibióticos utilizados na profilaxia dentária As ações dos antibióticos são específicas quando dizem respeito a um único mecanismo e envolvem um determinado tipo de células. Esta separação de acções farmacológicas em específicas e inespecíficas, não é universal, um antibiótico pode exercer, para diferentes concentrações, qualquer dos dois tipos de acções. Assim sendo, os quatro mecanismos de acção dos antibióticos são: A ruptura da parede celular bacteriana, através da inibição da síntese de peptídeoglicanos (penicilina, cefalosporinas, glicopeptídeos, monobactâmicos e carbapenemos) Inibição da síntese das proteínas bacterianas, (aminoglicosideos, macrólidos, tetraciclinas, cloranfenicol, … Continued

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Próteses Totais Fixas versus Prótese Totais Overdenture Vantagens e Desvantagens

Próteses Totais Fixas versus Prótese Totais Overdenture Vantagens e Desvantagens     Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Pós-Graduado em Implantologia e Reabilitação Oral Dra Bruna Sofia dos Santos Rebelo Gomes A reabilitação oral dos pacientes desdentados totais é, ainda hoje, um desafio para os médicos dentistas e, devido a limitações, como a reabsorção severa do rebordo alveolar, a fragilidade dos tecidos de suporte, entre outros, há um grande insucesso na reabilita- ção com recurso a próteses totais convencionais. Com o aparecimento dos implantes osteointegrados, desenvolvidos a partir dos estudos de Bränemark, surgiram novas opções de tratamento: as próteses totais fixas sobre implantes e as próteses overdenture implan- to-retidas e muco-suportadas. A escolha entre uma ou outra forma de tratamento, assenta num diagnóstico adequado e num correto planeamento do caso. Ambas as próteses, com características próprias, apresentam vantagens em comum, tais como: a preservação óssea, um maior conforto e melhor desempenho mastigatório, bem como maior satisfação do paciente e qualidade de vida do mesmo. Neste trabalho, é feita uma comparação entre as duas formas de tratamento, apresentando as vantagens e desvantagens de cada uma delas. Palavras-chave: Implante; Prótese dentária; Overdenture; Prótese fixa implanto-supor- tada; Prótese total removível; Satisfação do paciente; Qualidade de vida. In the present days, the oral rehabilitation of edentulous patients is still a challenge for dentists and due to limitations such as the severe alveolar bone reabsorption, disabilities of the denture-bearing tissues and others; there is a great failure in conventional com- plete dentures rehabilitation. With the development of osseointegration by Bränemark, new treatment options became available: the full-arch implant-supported fixed prosthesis and the implant-supported overdentures. The treatment choice is based on a correct diag- nosis and a proper case planning. Each one of them has its own features. Both have advantages in common, such as: bone preservation, greater comfort and improved mas- ticatory performance, as well as enhance patient satisfaction and quality of life. In this work is done a comparison in relation to the both types of implant‒supported fixed prostheses and implant-supported overdenture, presenting its advantages and disadvantages. Keywords: Implant; Dental prosthesis; Overdenture; Implant-supported fixed prosthesis; Conventional Dentures; Patient satisfaction; Quality of life. Introdução ……………………………………………………………………………………………… 12 Caso Clínico…………………………………………………………………………………………… 14 Discussão ……………………………………………………………………………………………… 25 Conclusão……………………………………………………………………………………………… 25 Bibliografia…………………………………………………………………………………………….. 28 Figura 1. Fotografias iniciais extra-orais. (Fotografias de arquivo pessoal) ………. 14 Figura 2. Fotografias iniciais intra-orais sem a prótese inferior em boca. (Fotogra- fias de arquivo pessoal) ……………………………………………………………………………….. 15 Figura 3. Fotografias intra-orais iniciais com a prótese inferior em boca. (Fotogra- fias de arquivo pessoal) 15/16 Figura 4. Ortopantomografia inicial. (Fotografias de arquivo pessoal) …………….. 16 Figura 5. Enceramento diagnóstico feito com o recurso ao duplicado da prótese total acrílica inferior já confecionada e montagem em articulador semi-ajustável em relação cêntrica. (Fotografias de arquivo pessoal) ……………………………………… 17 Figura 6. Planeamento cirúrgico através do programa BlueSkyBio®. Posição do nervo alveolar inferior e colocação dos implantes, numa vista de um corte frontal na imagem Através da observação dos cortes sagitais (B, C, D e E), é possível verificar que se está perante um osso do tipo D2/D1. (Imagens de arquivo pessoal) 17 Figura 7. Guia multifuncional. (Fotografia de arquivo pessoal)……………………….. 18 Figura 8. Fotografia após extração dos dentes antero-inferiores (A); após regula- rização do rebordo ósseo (B); após sutura (C); com a prótese total colocada (D). (Fotografias de arquivo pessoal)……………………………………………………………………. 18 Figura 9. Aspeto do rebordo alveolar inferior dois meses após as extrações dentá- rias. (Fotografia de arquivo pessoal) ……………………………………………………………… 18 Figura 10. Sistema Infra da marca Signo Vinces® na imagem A e o implante usado na cirurgia na imagem B. (Imagens retiradas do site <https://www.signovinces.com. br/ common/default/catalogos/WebImplanteInfraPtV3_Mar2017.pdf.> [Consultado em 20/08/2018])…………………………………………………………………………………………… 19 Figura 11. Osttell ISQ. (Imagem retirada do site <https://www.neodent.com.br/oss- tell-isq.> [Consultado em 20/08/2018])…………………………………………………………… 19 Figura 12. Fotografias do ato cirúrgico. Após a sutura, o descolamento e exposi- ção da crista alveolar na imagem A. Na imagem B e C é possível observar o para- lelismo existente com os paralelizadores colocados e a confirmação através dos raios-x apicais, nas imagens D e E. Após os implantes colocados na imagem F e as respetivas radiografias apicais nas imagens G e H. Já com os cicatrizadores e a sutura na imagem I. (Fotografias de arquivo pessoal)……………………………………… 20 Figura 13. Fotografias da fase protética, no dia da cirurgia. Durante a colocação do material de reabasamento soft na imagem A e a prótese finalizada na imagem (Fotografias de arquivo pessoal)……………………………………………………………….. 21 Figura 14. Sistema Kerator®. (Imagem retirada do site http://kerator.com/system/bbs / board.php?bo_table=brochure&lan=&wr_id=8?lan [Consultado em 20/08/2018]) 22 Figura 15. Fotografias do dia da colocação dos keratores. Ainda com os pilares de cicatrização na imagem A. Aspeto da gengiva após a remoção dos cicatrizadores na imagem B. Após a colocação dos retentores na imagem C. Já com as cápsulas de cor preta aplicadas para a captura dos keratores na imagem D. Prótese finali- zada na imagem E. (Fotografias de arquivo pessoal) ………………………………………. 22 Figura 16. Substituição das cápsulas nas imagens C e D. Fotos finais com a pró- tese colocada nas imagens C e D. (Fotografias de arquivo pessoal) ………………….. 23 Figura 17. Ortopantomografia realizada com folow-up de quatro meses e uma semana após a cirurgia. (Fotografias de arquivo pessoal) ………………………………… 24 Tabela 1. Informações sobre os implantes colocados, no dia da cirurgia. Nos índices de ISQ, foram feitas duas medições: mesio-distal (MD) e vestibulo-lingual (VL) 21 Tabela 2. Comparação dos níveis de ISQ dos implantes entre o dia da colocação e passados três meses. Nos índices de ISQ, foram feitas duas medições: mesio-distal (MD) e vestibulo-lingual (VL) ……………………………………………………………………… 23 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS mm — milímetros fig. — figura N — Newton Ø — diâmetro INTRODUÇÃO O objetivo principal da medicina dentária é devolver ao paciente a saúde biológica dos tecidos orais, a função, o conforto e a estética, quer seja pelo tratamento de cáries ou pela substituição de dentes perdidos. O que torna a Implantologia única é a habilidade de alcançar estes objetivos dependendo das doenças orais, disponibilidade óssea e dos desequilíbrios no … Continued

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O uso de implantes curtos em reabilitação parcial posterior superior em alternativa à elevação do seio maxilar

    O uso de implantes curtos em reabilitação parcial posterior superior em alternativa à elevação do seio maxilar Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Pós- Graduado em Implantologia e Reabilitação Oral Dra Ana Sofia Dias Marques Gomes Resumo A reabilitação de uma maxila atrófica apresenta vários desafios, nomeadamente quando parte do plano de tratamento envolve a colocação de implantes dentários. (Morand et al., 2007) Parte de um diagnóstico preciso envolve conhecer o padrão de reabsorção da maxila, os efeitos sistémicos e o impacto da densidade óssea na taxa de sobrevivência dos implantes. (Morand et al., 2007) É importante reconhecer as limitações que a colocação de implantes dentários apresenta perante uma maxila atrófica e identificar alternativas de tratamento. (Morand et al., 2007) Além de frequentemente apresentar pouca disponibilidade óssea, a área posterior da maxila apresenta também espaço prostodôntico reduzido e proximidade com o seio maxilar. (Morand et al., 2007) Como alternativa a procedimentos de elevação do seio maxilar existe a possibilidade de colocação de implantes curtos, sendo estes aqueles com comprimento inferior a 10 mm. (Morand et al., 2007) Esta revisão bibliográfica integrativa avalia a taxa de sobrevivência de implantes dentários curtos como alternativa de tratamento na maxila atrófica e os parâmetros envolvidos no seu sucesso. Os resultados desta revisão demonstram que os implantes curtos são uma opção de tratamento viável em maxilas atróficas, contando que os protolos de selecção e execução são mantidos e são rigorosos. The rehabilitation of an atrophic maxilla presents many challenges, namely when part of the treatment plan request the placement of dental implants. (Morand et al., 2007) Part of an accurate diagnosis involves aknowledge the resorption pattern of the maxilla, the systemic effects and the impact of the quality of the bone on the implants survival rate. (Morand et al., 2007) It is important to recognize the limitations of dental implants placement in an atrophic maxilla and be able to identify alternatives of treatment. (Morand et al., 2007) Besides often presenting limited bone availability, the posterior area of the maxilla presents as well reduced prosthodontic space and proximity with maxillary sinus. (Morand et al., 2007) As an alternative to maxillary sinus elevation procedures, there is a possibility of placement of short dental implants, being those with length below 10 mm. (Morand et al., 2007) This integrative bibliographic review evaluates the short dental implants survival rate as a treatment alternative in atrophic maxilla and the parameters involved in their success. The results of this review prove that the short dental implants are a viable treatment option in an atrophic maxilla, counting that the selection and execution protocols are kept and are restricted. Dedicatória Ao meu namorado, Daniel, Por estar sempre a meu lado, Por me dar força para continuar. Aos meus pais, Por me ensinarem que devemos perseverar nos objectivos que pretendemos alcançar, Por me permitirem ser quem sou hoje. Aos meus pais e ao meu namorado, Por me apoiarem incondicionalmente, Por acreditarem em mim. Aos meus colegas de curso, Pelas fantásticas fotografias e pelas palavras de incentivo. Ao Dr. Alexandre, Pelo apoio durante todo o curso e pela compreensão nas mensagens de última hora. Parte I – Introdução 1 1.Materiais e Métodos 3 Parte II – Caso Clínico 4 Anamnese 4 Exame Extra-Oral 5 Exame Intra-Oral 5 Exames Complementares de Diagnóstico 7 Radiografia Panorâmica 7 Tomografia Axial Computorizada 7 Enceramento Diagnóstico 8 Diagnóstico 9 Plano de Tratamento 10 Planeamento da Cirurgia 11 Procedimento Cirúrgico (técnica cirúrgica) 12 Cirurgia de colocação de cicatrizadores e técnica de impressão 20 Selecção do tipo de restauração 22 Plano de Manutenção 24 Parte III – Discussão 25 Terapêuticas para reabilitar a zona posterior da maxila 25 Implantes Unitários 27 Previsibilidade de resultados na zona posterior 27 Estabilidade primária e secundária 28 Sistema de Implantes InfraR Cone Morse 31 Implantes Curtos 32 Vantagens 32 Desvantagens 33 Taxas de sucesso e sobrevivência dos implantes curtos (validade científica) 33 Factores que determinam a taxa de sobrevivência e prognóstico de implantes curtos 37 Qualidade e quantidade de osso 37 Factores relacionados com o paciente 38 Hábitos tabágicos 38 Alterações sistémicas 38 Hábitos parafuncionais 39 Hábitos de higiene oral 39 Características dos implantes 40 Área de Superfície do Implante 40 Plataforma “Switch” 42 Conexão Cone Morse 43 Factores Protéticos 44 Factores oclusais 44 Proporção coroa-implante 45 Ferulização de coroas 46 Parte IV – Conclusão 48 Bibliografia I Anexos IV Anexo 1 IV Lista de Abreviaturas TAC – tomografia axial computorizada ASA – American Society of Anesthesiologists Mm – milímetro VP – vestibulo palatino MD – mesio distal ISQ – Índice de Estabilidade Primária Introdução A colocação de implantes dentários como forma de reabilitar dentes perdidos é uma opção de tratamento com elevadas taxas de sucesso (Ahmed, 2018; Anand, 2013; Jivraj, 2006), especialmente com a introdução de novos e melhores desenhos de implante e tratamentos de superfície. (Stellingsma, 2004 cit in Al-Hashedi et al 2014; Lombardo 2017) A selecção de implantes longos e de maior diâmetro possível foi durante anos o protocolo de muitos dentistas (Haridas & Deepika, 2014; Al-Hashedi et al, 2014; Morand, 2007), uma vez que apresentam uma melhor proporção coroa-implante e uma maior área de superfície de contacto com o osso. (Annibali et al, 2011) Estas características permitem uma distribuição mais eficiente das forças oclusais, aumentam a osteointegração e favorecem a sobrevivência a longo prazo. (Annibali et al, 2011; Al-Hashedi et al, 2014) Sendo um dos factores mais relevantes na avaliação de sucesso de um implante dentário, a disponibilidade e a qualidade óssea em redor dos implantes, a colocação de implantes longos nem sempre é possível devido à indisponibilidade óssea aliada a limitações anatómicas. (Prasad et al, 2011) A reabilitação da zona posterior da maxila apresenta desafios para o dentista por se tratar de uma zona de díficil acesso, com visibilidade reduzida, comumente com espaço interoclusal reduzido e com particularidades do ponto de vista anatómico e biomecânico. (Haridas & Deepika, 2014; Morand, 2007; Jivraj, 2006) A literatura demonstra que os dentes ou … Continued

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Voltar a sorrir com confiança e naturalidade: Implante unitário no 22 com recurso a expansores atraumáticos

  Voltar a sorrir com confiança e naturalidade: Implante unitário no 22 com recurso a expansores atraumáticos www.posgraduacao.eu Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Pós-Graduado em Implantologia e Reabilitação Oral Dra. Marisa Ribeiro Resumo Na atualidade é importante que o Médico Dentista compreenda todos os critérios de um sorriso harmonioso e estético devido ao papel essencial num contexto de interação psicossocial dos indivíduos. Para isso, objetivou-se rever a literatura no que concerne à análise do setor dentário anterior numa perspetiva morfológica, relacionando-o com a estética do sorriso, motivo pelo qual se procede à caracterização deste setor dentário em particular, à análise da estética do sorriso e da influência da morfologia dentária nessa mesma estética e à colocação de implantes, com o intuito de contribuir, de igual modo, para um sorriso harmonioso. Esta revisão pretende sustentar o foco do trabalho que se desenvolve posteriormente, assente num caso clínico. Foram utilizados livros e artigos publicados entre 2001 e 2018, com especial incidência para os últimos 5 anos, de autores conhecidos em meio académico e que foram obtidos nas bases de dados eletrónicas PubMed, Lilacs, Medline e SciELO, usando-se os seguintes descritores para as pesquisas: “Dental morphology”, “Anterior teeth”, “Dental Sculpture”, “Dental aesthetics”, “Dental implant” e “Atraumatic expanders”. Posteriormente foi também apresentado em detalhe o caso clínico que consistiu na colocação de um implante unitário no 22 com recurso a expansores atraumáticos. Os resultados foram positivos, tendo todo o processo decorrido dentro do previsto. Abstract Nowadays it is important Dentist understands all criteria of a harmonious and aesthetic smile due to the essential role in a context of psychosocial interaction of individuals. The purpose of this study was to review the literature regarding the analysis of the anterior dental sector in a morphological perspective, relating it to the aesthetic of the smile. Therefore, we focused on this dental sector. We looked to analyse the aesthetic of smile and more precisely the influence of dental morphology and placement of implants, with the intention of contributing, in the same way, to a harmonious smile. This review intends to sustain the focus of the work we developed, based on a clinical case. We used books and articles published between 2001 and 2018, with a special focus on the last 5 years, of authors known in the academic world. Articles were obtained in the electronic databases PubMed, Lilacs, Medline and SciELO, using the following descriptors for “Dental morphology”, “Anterior teeth”, “Dental Sculpture”, “Dental aesthetics”, “Dental implant” and “Atraumatic expanders”. Later in this report we will present in detail the clinical case that consisted of the placement of a unitary implant in 22 with the use of atraumatic expanders. The results were positives, and the whole process went as predicted. Agradecimentos À minha orientadora, Drª Mila Trindade, pela orientação dedicada e por toda a disponibilidade e conhecimentos transmitidos. Ao Dr. Eduardo, pela imensa paciência para me responder às minhas sempre inúmeras questões. Ao Professor Dr. Hiram Fischer pela paciência, dedicação e apoio constantes durante este último ano que muito contribuiu para o meu enriquecimento e crescimento profissional. A toda a equipa de professores e funcionários pela incansável disponibilidade, motivação e partilha de ensinamentos. A todos os colegas e amigos, que com a sua presença e incentivo contribuíram para o meu sucesso. E mais em particular ao Rui, à Sara, à Jacqueline, à Cláudia, às Catarinas, à Ana e à Margarida que se destacaram de forma importante e se tornaram para mim pessoas muito especiais que quero guardar para a vida. Ao Miguel e ao João, colegas e amigos de trabalho que me incentivaram a participar neste desafio e que me acompanharam durante todo ele. À minha querida paciente, a minha mãe, pela disponibilidade e confianças infinitas, em mim e no meu trabalho de médica dentista, ao ter aceite tão prontamente este grande desafio. Aos meus fantásticos e maravilhosos pais, por terem sempre acreditado em mim, mais do que eu mesma, por me terem transmitido os melhores valores e por me terem dado tanto mimo, carinho, dedicação e um amor incondicional. Obrigada por todo o orgulho que sentem por mim! ÍNDICE Índice de Figuras vii Introdução 1 Caso clínico 16 Discussão 31 Conclusão 34 Bibliografia 35 ‌Índice de Figuras Figura 1 – Morfologia básica dos dentes 3 Figura 2 – Pontos de contacto anteriores 5 Figura 3 – Anatomia peri-oral 6 Figura 4 – Kit de expansores ósseos atraumáticos 15 Figura 5 – Fotografias iniciais: extra-orais 16 Figura 6 – Fotografias iniciais: intra-orais (ambas as arcadas em oclusão) 17 Figura 7 – Fotografias iniciais: intra-orais (panorâmica direita e panorâmica esquerda)17 Figura 8 – Fotografias iniciais: intra-orais (oclusão superior e oclusal inferior) 18 Figura 9 – Imagens TC: Osso D2 19 Figura 10 – Imagens TC: Osso D2 19 Figura 11 – Ortopantomografia (dezembro de 2017) 20 Figura 12 – Moldeiras 21 Figura 13 – Montagem em articulador 21 Figura 14 – Enceramento diagnóstico 22 Figura 15 – Guia cirúrgica 22 Figura 16 – Fotografias da cirurgia 24 Figura 17 – Fotografias da cirurgia (cont.) 25 Figura 18 – Fotografias da cirurgia (cont.) 26 Figura 19 – Remoção do fio de sutura 10 dias após colocação do implante 27 Figura 20 – Raio X do implante colocado 28 Figura 21 – Imagem da TC realizada ao implante 15 dias após a sua colocação 28 Figura 22 – Impressões para coroa provisória 29 Figura 23 – 15 dias depois de colocar o parafuso cicatrizador 30 Figura 24 – Facetas e coroa provisórias 30 ‌Introdução Na atualidade é importante que o Médico Dentista compreenda todos os critérios de um sorriso harmonioso e estético devido ao papel essencial num contexto de interação psicossocial dos indivíduos. Para isso objetivou-se rever a literatura no que concerne à análise do setor dentário anterior numa perspetiva morfológica, relacionando-o com a estética do sorriso, motivo pelo qual se procede à caracterização deste setor dentário em particular, à análise da estética do sorriso e da influência da morfologia dentária … Continued

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