Uso de prótese tipo locators em alternativa à protese total acrílica convencional em pacientes sistemicamente comprometidos

  ‌Uso de prótese tipo locators em alternativa à protese total acrílica convencional em pacientes sistemicamente comprometidos – Caso clínico DRA. JACQUELINE MANTINHAS PORTO, 2018     ‌O desafio da reabilitação do edêntulo total Avanços na Medicina Dentária x Avanços na Medicina Tradicional   Queixas Comuns: Falta de retenção, falta de estabilidade, dificuldades para comer e falar, falta de estética Saúde geral do paciente edêntulo Preferências e expectativas do paciente Congruência total de dados Sucesso em Reabilitar estética e funcionalmente. Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌OBJETIVO, MATERIAIS E MÉTODO Seleção do Paciente Reabilitar, Questionar Satisfação e Confrontar resultados com a literatura www.pubmed.com Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌História Clínica 26.11.2010 – primeira consulta     Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌Reabilitação Oral     Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌2017 – Anamnese Data da 1ª consulta: 26 de novembro de 2010 Idade na altura da primeira consulta: 63 anos Idade atual: 71 anos Hábitos: Não-fumador, bebe socialmente Outra informações: Tremores leves nas mãos o que o impede de fazer movimentos refinados. Desdentado total superior e inferior por consequência de periodontite severa generalizada Queixa principal: Dificuldade para alimentar-se Medicação em uso Preterax (perindopril tert-butilamina/indapamida) – anti-hipertensor Velmetia (sitagliptina e metformina) – Hipoglicemiante Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌2017 Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP               ‌Intra-orais     Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌Diagnóstico e Plano de tratamento Fotografias Moldagens e montagem de modelos em articulador semi-ajustável TAC de mandíbula em formato DICON não comprimido   Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌Implante A, zona do 43, infra 4.6 x 11.5mm   Implante B, zona do 31, infra 4.6 x 11.5mm   Implante C, zona do 33, infra 3.8 x 10.0mm   Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   PRF Torque e ISQ menor que 35N e 65 – tampões cirúrgicos e sutura. Torque e ISQ Maior ou igual 35N e 65 – cicatrizadores.   ‌Medicação Etoricoxib 90mg – 1 comprimido/dia por 3 dias ; véspera Metilprednisolona 4mg – Sistema 3,2,1; véspera Amoxicilina 1000mg – 1 comprimido de 12/12hs por 7 dias ; véspera Clorohexidina gel 2% – aplicar no local da cirurgia após a higiene 3 vezes ao dia e ao deitar. Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌Fase Cirúrgica         Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP TORQUE 43 – 60N 31 – 60N 33 – 60N ISQ – OSTELL 43 – V/L 78   M/D 79 31 – V/L 80 M/D 81 33 – V/L 75 M/D 80   ‌Pós-operatório – 1 semana           Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌Pós-operatório 3 dias     Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP           ‌Fase Protética Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌Seleção e Captura Locators 3mm 3mm 5mm 3mm             Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP     ‌Sorriso Final         Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌Qual a nota, numa escala de 0-10, onde 0(zero) é totalmente insatisfeito e 10(dez) é totalmente satisfeito, que lhe permite quantificar seu grau de satisfação com a reabilitação inferior com overdenture tipo Locator nos requisitos abaixo listados? Estética – 10 Função mastigatória (estabilidade retenção) – 10 Fonética – 8 Conforto articular – 10 Praticidade na higiene oral – 10 Facilidade de manuseio – 10 Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌Conclusões É essencial avaliar o paciente como um todo para que o resultado de uma reabilitação seja bem sucedida; A estética foi muito satisfatória pois os dentes na prótese tinham apinhamentos semelhantes aos dos dentes permanentes do paciente; A linha de montagem dos dentes foi de grande importância para a estabilidade e retenção da prótese total convencional; As funções mastigatória e fonética foram melhoradas; A higiene é realizada sem dificuldades e a remoção e colocação da overdenture são bastante simples; Não apresenta dor articular; A overdenture sobre 4 implantes proporcionou mais estabilidade e retenção que a anterior sobre 2 implantes. Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP   ‌Obrigada Jacqueline Mantinhas – CEPG e UFP    

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REABILITAÇÃO TOTAL MAXILAR COM SISTEMA LOCATOR – CASO CLÍNICO

    DIPLOMA UNIVERSITÁRIO DE IMPLANTOLOGIA E REABILITAÇÃO ORAL REABILITAÇÃO TOTAL MAXILAR COM SISTEMA LOCATOR – CASO CLÍNICO NOME: Dra. Eduarda Cristina Abreu da Silva ORIENTADOR: Dr. Eduardo Fernandez Victorino DATA: 22/04/2018 INTRODUÇÃO A apresentação deste caso clínico, que foi elaborado durante e, para cumprimento dos requisitos, do Diploma Universitário de Implantologia e Reabilitação Oral, pretende complementar a dissertação apresentada; Foram realizados todos os passos aprendidos e descritos na literatura, tornando-se esta apresentação um resumo dos conhecimentos apreendidos; Este tema e o caso foram escolhidos pela análise feita tendo em conta os seguintes aspetos: Grau de dificuldade; Aperfeiçoamento das diferentes técnicas incorporadas; Número de pacientes, nomeadamente idosos, portadores de PTR; Limitações desses mesmos pacientes à realização de outro tipo de tratamentos (custo, saúde oral);   DEFINIÇÃO OVERDENTURE OU SOBREDENTADURA Prótese total removível (muco suportada) que se apoia, neste caso, sobre implantes osteointegrados (implanto retida); Prótese esquelética ou totalmente em acrílico: Prótese que faz um recobrimento total dos implantes mas também dos tecidos moles suportados subjacentemente pelo rebordo ósseo CASO CLÍNICO ANAMNESE: GERAL: J.J.R, Sexo Masculino; 69 anos (04/03/1949); 81KG; faz dieta Mediterrânica e dá pelo menos 8000 passos/dia; Tipo Sangue: A+; Situação Familiar: Independente AVD`S, Casado, Pai de 2 filhos; Profissão: Reformado da Função Pública; Última consulta com o médico dentista em novembro de 2017; Queixa principal: “sinto-me bem mas incomoda-me ter que ir a um hospital e como tenho uma prótese superior completamente removível ter que a tirar…vejo as próteses dos velhotes nos copos de água e isso impressiona-me. Para mim isso é uma invasão de privacidade..e depois magoam e ficam largas. “ Expectativas/pretensão: “quero dentes naturais, iguais aos que tenho mas que a prótese fique fixada com os implantes”. CASO CLÍNICO Paciente saudável, não apresenta qualquer tipo de problema de saúde quer ao nível cardíaco/ pulmonar/renal/hepático/gástrico/neuromuscular/esquelético/endócrino/cutâneo nem de outra qualquer ordem; Nunca foi submetido a nenhum tratamento ou cirurgia que não fosse dentária; Faz análises sanguíneas anualmente para controlo e refere estar tudo com valores normais; Refere estar a tomar atorvastatina (estatina para regulação da concentração dos lípidos) 1 comprimido por dia 20 mg diz ser apenas como prevenção pois o valor do colesterol não ultrapassa os 170 mg/dl; Encontra-se a realizar avaliações de T.A 2x semana por apresentar valores de 140/90 mmHg; Não apresenta alergias a nenhuma substância, composto ou medicamento; Hábitos: 2 cafés por dia, refere não ter hábitos etílicos ou tabágicos; Hábitos higiene: 1 x dia de manhã (retira as próteses – dorme com elas- coloca-as em água com pastilhas de higienização, posteriormente lava-as com escova própria e pasta; bochecha a boca com colutório e volta a colocar as próteses); Manutenção: consultas de 6/6 meses para fazer revisões de limpeza e ajustes das próteses; ANAMNESE: CASO CLÍNICO EXAME EXTRA ORAL E INTRA ORAL: Apresenta-se bem disposto, face rosada, fonação percetível, deambula de forma compassada e equilibrada, sorriso no rosto e faz enquadramento do olhar enquanto dialoga com discurso coerente; Tónus labial presente e musculatura facial e da mastigação ativas; Sem alterações de cor, forma, textura, volume, tamanho, consistência; Sem adenopatias ganglionares palpáveis e com glândulas salivares funcionantes; Ausência de ruídos, dor ou alteração no movimento da ATM; Prótese Total Acrílica Removível Superior – muco suportada (2013*); Prótese Overdenture Inferior – implanto retida por 4 attachments (kerator) 4.3, 4.1, 3.2 e 3.4 (2017*); Oclusão Balanceada, ligeiro desgaste dentes acrílico e ligeiro desvio LM inferior; Rebordos ósseos regulares e biotipo gengival grosso. PRÉ OPERATÓRIO: FOTOGRAFIAS EXTRA ORAIS       PRÉ OPERATÓRIO:FOTOGRAFIAS INTRA ORAIS                   PRÉ OPERATÓRIO:PLANEAMENTO CIRÚRGICO Moldagem inicial superior e inferior (de arrasto) em alginato ; Moldeira individual e moldagem funcional; Arco facial e montagem em articulador com registo de mordida; Duplicação PTR superior e confeção de guia radiológica/guia cirúrgica;   Programação Cirúrgica: Ortopantomografia; TC e Análises Sanguíneas; Prescrição Medicamentosa; Entrega de listagem dos cuidados a ter e instruções higiene; PRÉ OPERATÓRIO:PLANEAMENTO CIRÚRGICO COM PROGRAMA BLUESKY BIO     PRÉ OPERATÓRIO:PLANEAMENTO CIRÚRGICO             PRÉ OPERATÓRIO:PLANEAMENTO CIRÚRGICO     OSSO: Tipo D3 zona mais anterior Tipo D4 zona mais posterior DISTÂNCIA ENTRE IMPLANTES: 3mm INCLINAÇÃO BROCAS/FRESAS: Paralela á tábua vestibular sendo que os mais anteriores deverão ser mais palatinizados INCISÃO: Retilínea supra crestal, mucoperiostal de espessura total + 2 incisões marginais em V distais do 1ºM DESCOLAMENTO: Total com exposição da crista alveolar e visibilidade da zona vestibular e zona bordeante palatina PRÉ OPERATÓRIO:PLANEAMENTO CIRÚRGICO PROTOCOLO CIRÚRGICO 1º COLOCAÇÃO DA GUIA CIRÚRGICA PARA VERIFICAR SE O ASSENTAMENTO É CORRETO; 2º BOCHECHO E DESINFEÇÃO INTRA E EXTRA ORAL; 3º ANESTESIA: TÓPICA E INFILTRATIVA: ALVEOLAR SUPERIOR E MÉDIO (1º E 2º Q) + INFRAORBITÁRIA (1º E 2º Q) + INFILTRATIVAS NO REBORDO + NASOPALATINO + PALATINO MAIOR (SE NECESSÁRIO); 4º INCISÃO DE CRISTA, DE DISTAL PARA MESIAL DO 1º Q + 2 DESCARGAS EM DISTAL EM FORMA DE V (DIVERGENTES); 5º DESCOLAMENTO MINIMO PARA VISUALIZAÇÃO DO REBORDO + COLOCAÇÃO DA GUIA E MARCAÇÃO DOS PONTOS COM A BROCA LANÇA (APÓS O DESCOLAMENTO A GUIA PODE NÃO FICAR BEM CENTRADA, SE FOR O CASO CORRIGIR AS MARCAÇÕES PARA PALATINO); 6º DESCOLAMENTO (MÍNIMO NECESSÁRIO PARA VISUALIZAÇÃO E TRABALHO COM SEGURANÇA) DO PERIÓSTEO SEM O DILACERAR; 7º 2MM  COM  A  BROCA  LANÇA EM TODAS AS MARCAÇÕES, RADIOGRAFAR E CONFIRMAR PARALELISMO 8º APÓS ATINGIMENTO DO COMPRIMENTO TOTAL DE CADA IMPLANTE COM A BROCA LANÇA, AVALIAR POIS, PROVAVELMENTE VAI SER NECESSÁRIO SUB INSTRUMENTAR – SE FOR O CASO IR COM A BROCA 3,3 ENTRE 500/800 RPM; 9º COLOCAR PARALELÓMETROS E IR COLOCANDO OS IMPLANTES, SE POSSÍVEL 2MM INFRA ÓSSEOS (MENOS O 1.6 E O 2.6), COM 35/40 RPM MÁXIMO, INICIAR A 20RPM. USAR A CHAVE DO TORQUÍMETRO MANUAL 3,8 (INFRA); 1.6 1.4 1.2 2.2 2.4 2.6 3,8X10 3,8X11,5 3,8X10 3,8X10 3,8X11,5 3,8X10 10º MEDIR  O  ÍNDICE  ISQ DE CADA IMPLANTE E COLOCAR O PARAFUSO TAMPÃO OU DE CICATRIZAÇÃO (A CIMA DE 65); 11º PONTOS DE ESTABILIZAÇÃO NAS DESCARGAS E O RESTO SUTURA CONTÍNUA SEM TENSÃO. 12º REBASE COM ACONDICIONADOR DE TECIDOS SE MAROAR E AJUSTE DA PRÓTESE COM ALÍVIO … Continued

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PRF-G: UMA ADAPTAÇÃO DO PROTOCOLO DE CHOUKROUN

  CENTRO EUROPEU DE PÓS-GRADUAÇÃO www.posgraduacao.eu PRF-G: UMA ADAPTAÇÃO DO PROTOCOLO DE CHOUKROUN Dra. Marina de Lima Barbosa Janssen Porto, 2015 Trabalho apresentado ao Centro Europeu de Pós- Graduação como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Implantologia e Reabilitação Oral. Orientador: Dr. Hiram Fischer Trindade RESUMO 5 A hipótese do PRF-G, gel de fibrina rico em plaquetas, parte do princípio da adaptação do protocolo de um método pré-existente desenvolvido por Joseph Choukroun. A proposta deste scientific paper é de remodelar algumas das etapas para a obtenção de algo que visa contribuir e tornar ainda mais práticas e eficazes as cirurgias de implantologia, proporcionando maior previsibilidade do procedimento e conforto pós- operatório para o paciente, principalmente no que diz respeito a cicatrização de tecidos moles e ao período de regeneração óssea. O PRF-G é a combinação de procedimentos inovadores e de baixos riscos, já que se trata de um biomaterial autógeno de simples obtenção. Sendo o PRF um método pioneiro, o PRF-G vem através de uma hipótese para trazer ainda mais possibilidades de aplicações clínicas que objetivam alcançar as expectativas da implantologia atual. Através das obras observadas na revisão bibliográfica e com os experimentos para obtenção do biomaterial, é possível constatar o quanto o PRF-G pode fazer a diferença diante da constante evolução da implantologia moderna. ÍNDICE INTRODUÇÃO 01 METODOLOGIA 02 PARTE I 03 Capítulo I – Revisão Bibliográfica 03 Conceito de PRF 03 Considerações a respeito do PRF 03 Contagem de plaquetas 07 Fatores de crescimento 09 Exames pré-clínicos 10 Método de obtenção do coágulo de fibrina 13 Materiais e instrumentos que auxiliam na obtenção do PRF 14 Do coágulo de fibrina para PRF e suas aplicações clinicas 15 Vantagens e desvantagens 18 PARTE II 20 Capítulo II 20 Experimentos práticos e percepções do PRF-G 20 Sugestões de aplicações clínicas do PRF-G combinado com outro biomaterial particulado em implantologia 22 Preservação de osso alveolar imediatamente após a exodontia 22 Preenchimento do seio maxilar 23 CONCLUSÃO 24 BIBLIOGRAFIA 26 LISTA DE FIGURAS Fig. 1 – Estudo de microscopia fotônica 07 Fig. 2 – Gráficos 09 Fig. 3 – Estudo de microscopia fotônica 14 Fig. 4 – Centrífuga 14 Fig. 5 – Caixa para a coleta do exudato, grade, bandeja, cilindros brancos, pistão de metal; porta-tubos; mini-bandeja; tesoura; espátula; taça metálica e pinça 14 Fig. 6 – Punção venosa 15 Fig. 7 – Distribuição dos tubos na centrifuga em equilíbrio 15 Fig. 8 – Tubos na grade após a centrifugação 15 Fig. 9 – Remoção do PRF com pinça após centrifugação do sangue venoso coletado 17 Fig. 10 – Colocação da placa compressora após separação obtenção do PRF 17 Fig. 11 – Obtenção da membrana de PRF após 1 minuto com a placa compressora e a caixa fechada 17 Fig. 12 – Obtenção do exudato do PRF 17 Fig. 13 – Coleta do exudato no fundo da caixa 18 Fig. 14 – Membrana de PRF 18 Fig. 15 – Plug 18 Fig. 16 – Membrana de PRF triturada para a sua mistura a um biomaterial 18 Fig. 17 – Mistura do PRF, imediatamente após a centrifugação com o biomaterial 21 Fig. 18 – Taça metálica refrigerada e biomaterial (MBCP) 21 Fig. 19 – “Gelificação” do PRF com o biomaterial 22 Fig. 20 – gelificação” do PRF com o biomaterial (segurando a taça metálica verticalmente) 5 minutos após colocação na taça metálica refrigerada 22 Fig. 21 – PRF-G numa visão de perfil 22 Fig. 22 – PRF-G com biomaterial, mantendo forma, consistência do biomaterial 22 INTRODUÇÃO Com os avanços notados na implantologia, é possível observar a maior previsibilidade do prognóstico positivo, haja vista que um planejamento prévio incluindo exames pré- clínicos, anamnese e preparação do paciente, colabora para a perduração do sucesso do tratamento. Outros aspectos que merecem a atenção de profissionais da implantologia refere-se ao conforto pós-operatório e o mínimo de momentos cirúrgicos possíveis para o alcance do resultado final desejado. Isso se refere tanto a nível de tecido ósseo, com uma privilegiada osteointegração, quanto a nível de regeneração gengival. A funcionalidade, estética e a longevidade do tratamento anfêmero implantológico são altamente requisitados. Joseph Choukroun e seus associados são pioneiros no uso do protocolo PRF em cirurgia oral e maxilo-facial. O epicentro deste scientific paper traz a hipótese da utilização do protocolo de Choukroun como ponto de partida para a obtenção do PRF em forma de gel, (PRF-G), tendo-se a frente uma alta gama de possibilidades para sua aplicação, quando combinado com biomateriais. A hipótese foi experimentada a nível laboratorial através do método para a obtenção do PRF de Choukroun, com a centrifugação sanguínea, seguindo os mesmos princípios. Entretanto, alguns aspectos referentes ao tempo de espera para o manuseio da fibrina rica em plaquetas, sua consistência e distribuição do biomaterial obtido, bem como seu modo de aplicação na cirurgia oral é que se distingue por um método único de acordo com os experimentos. A proposição do tema defende a probabilidade do PRF-G possibilitar uma distribuição homogênea do biomaterial, o que por sua vez proporciona um melhor aproveitamento das propriedades de forma tridimensional, tanto do PRF quanto do biomaterial de eleição. Diante de algumas notáveis e suficientes vantagens perante os métodos anteriores ao PRF, este trata-se de um marco para a evolução da odontologia e outras áreas médicas, e o PRF-G seria a inovação do protocolo de Choukroun, o que neste caso em específico, está destinado à implantologia. Não obstante, a iniciativa traz perspectivas mais atraentes por prover o resultado de um material extraído do próprio paciente, fornecendo ainda menos riscos. Tantos aspectos positivos despertam interesses de acadêmicos e de profissionais, que se aplicam evidentemente nesta pesquisa, que a propósito tem o ponto de partida acadêmico, mas sem dúvida será levada adiante no cotidiano profissional da autora. Sobre a pergunta que envolve a pesquisa o contexto será tratado para responder à seguinte problemática: Qual a relevância que o método desenvolvido por Choukroun pode contribuir com a evolução da implantologia moderna? Quais aspectos devem ser considerados para pesquisas futuras? … Continued

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Preservação Óssea e Manutenção de Perfis Gengivais na Implantologia

Dra. Joana Ricardo Dinis Diploma Universitário de Implantologia e Reabilitação Oral Preservação Óssea e Manutenção de Perfis Gengivais na Implantologia CENTRO EUROPEU DE PÓS-GRADUAÇÃO UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA PORTO 2016 www.posgraduacao.eu ‌Resumo A perda óssea após a extração dentária constitui uma importante questão na Implantologia. A altura e a espessura do osso alveolar são mantidas graças à permanência das raízes das peças dentárias dentro dos seus alvéolos e que, quando removidas, conduzem a reabsorções do rebordo alveolar. Este tipo de alteração pode resultar num prejuízo estético, devido à perda da harmonia do contorno alveolar (Pelegrine et al., 2006). A altura e espessura óssea, a altura da crista óssea em relação ao ponto de contato dentário, o biótipo e a arquitetura do tecido gengival e o posicionamento tridimensional do implante são alguns fatores que podem determinar e influenciar o prognóstico do tratamento na Implantologia, devendo ser analisados no planeamento cirúrgico. Um protocolo cirúrgico bem realizado associado a exames pré- operatórios e a um plano de tratamento correto constituem os pré-requisitos para o sucesso do tratamento com implantes. A colocação de implantes na posição ideal, tanto no aspeto mésio-distal, como no aspeto vestíbulo-lingual é de uma importância fundamental (Lindhe, 1997). O objetivo deste artigo é fazer uma revisão da literatura reunindo informação pertinente e atual sobre a preservação óssea e manutenção de perfis gengivais discutindo alguns pontos essenciais relacionados com os resultados funcionais e estéticos, de forma a clarificar e esclarecer a viabilidade e o benefício da sua utilização clínica como hipótese de tratamento. ‌Índice‌ Parte I- Nota Introdutória 4 Parte II – Revisão da Literatura 6 Preservação Óssea Erro! Marcador não definido. Extracção Dentária e suas repercurssões 8 Reabsorção Óssea 9 Implantes Imediatos: Vantagens e Inconvenientes 11 Enxertos Ósseos e Membranas 16 Técnica Socket- Shield 19 Platform Switching 21 Manutenção de Perfis Gengivais 23 Recessão da Mucosa Alveolar 24 Provisionalização na Implantologia 26 Papila Parte III – Notas Conclusivas 35 Bibliografia 38 Parte I – Nota Introdutória A Implantologia possibilitou o aparecimento de novas oportunidades de tratamento, revelando-se assim como uma das principais inovações no âmbito da medicina dentária. O conceito de osteointegração foi pela primeira vez introduzido por Brånemark em 1964. Posteriormente, em 1977, as normas para obter uma conexão direta entre o osso e o titânio foram descritas e desta forma demonstrada a capacidade de reabilitar pacientes total e parcialmente desdentados. Ao longo das últimas décadas, avanços nos biomateriais e nas técnicas clínicas possibilitaram uma expansão significativa das aplicações do tratamento com implantes dentários. A otimização dos resultados funcionais e estéticos não depende apenas da sofisticação dos procedimentos técnicos, mas também das condições teciduais adjacentes ao implante e da reabilitação protética (Kois, 2004). Existem outros fatores que indicam o sucesso de uma reabilitação implantológica para além da osteointegração e da ausência de sinais clínicos indicativos da presença de infeções, tais como o equilíbrio entre a forma e a simetria dos dentes, lábios e gengiva e as referências estéticas fornecidas pelo próprio paciente (Garber & Salama,1996). Diferentes condições podem levar à necessidade de uma extração dentária, como por exemplo cáries dentárias avançadas, traumatismos, lesões endodônticas, periodontite avançada, entre outras. Devemos ter em conta que a extração deve ser o mais atraumática possível para evitar a reabsorção óssea e consequente atrofia da crista alveolar e colapso dos tecidos moles. Estas consequências podem provocar problemas funcionais e estéticos, podendo levar ao impedimento da colocação de um implante devido há ausência de volume ósseo requerido. Desta forma, a preservação óssea e a manutenção dos perfis gengivais revelam-se como fatores determinantes para o sucesso implantológico. Relativamente à preservação óssea existem procedimentos que visam a sua manutenção, tais como a extração atraumática, a utilização de biomateriais no momento da extração, os quais tendem a diminuir o impacto da reabsorção óssea na remodelação do alvéolo, a colocação dos implantes imediatos e o preenchimento do espaço entre o implante e a parede vestibular com biomateriais. Quanto à manutenção dos perfis gengivais, idealmente dever-se-á: colocar o implante entre dentes naturais; respeitar-se a distância da base do ponto de contacto à crista óssea, bem como entre dois implantes e entre dente e implante e realizar uma provisionalização imediata, o que auxilia na conservação da arquitetura gengival. Através duma revisão bibliográfica referente à preservação alveolar e à manutenção dos perfis gengivais intenta-se demonstrar a importância destes fatores no sucesso da Implantologia. Parte II – Revisão da Literatura ‌Preservação Óssea A extração de várias peças dentárias, ou até de um único dente, é assinalada por alterações intrínsecas ao processo cicatricial. Uma cascata de eventos fisiológicos ocorre a partir do momento em que o corpo inicia o restauro do alvéolo pós-extração culminando em alterações severas dos tecidos moles e duros no local afetado da crista alveolar.   Figura 1: Reabsorção óssea existente na zona da extração do dente 21. Caso clínico de Manuel Neves. Em relação aos tecidos duros foi demonstrado que existe uma perda do volume ósseo vertical e horizontal da crista óssea de cerca de 11-22% e 29- 63%, respetivamente (Vittorini et al., 2013; Santos et al., 2013). O volume ósseo perdido a nível horizontal é sempre maior que a nível vertical e acontece mais frequentemente no lado vestibular da crista alveolar. Este resulta em cristas ósseas mais estreitas e de reduzida altura, e num deslocamento do seu longo eixo para lingual/palatino. Tal configuração irregular da crista óssea não vai permitir um correto posicionamento dos implantes dentários (Vittorini et al., 2013). Apesar disso, existem alguns procedimentos que podem prevenir a ocorrência desta situação, entre os quais: a instalação imediata de implantes e o preenchimento do alvéolo pós-extracional ou do espaço entre o implante e a parede vestibular com biomateriais, usando ou não membranas para regeneração óssea guiada, (Araújo et al., 2006; Barone et al., 2008). De forma a reduzir o trauma psicológico e físico produzido nos pacientes e potenciar os benefícios da exodontia para a reabilitação oral, vários devem ser os cuidados efetuados pelo dentista durante o procedimento para incrementar o sucesso do tratamento reabilitador. Realce-se a máxima conservação dos … Continued

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Influência da Terapêutica com Bifosfonatos na Implantologia

  Dra Marlene Tavares Moreira Influência da Terapêutica com Bifosfonatos na Implantologia Centro Europeu de Pós-Graduação – Medicina Dentária Universidade Fernando Pessoa www.posgraduacao.eu Porto, 2015 Índice Resumo 6. Abstract 6. Introdução 7. Objectivo 9. Material e métodos 9. Bifosfonatos Definição 10. Farmacocinética 11. Mecanismos de Acção 12. Bifosfonatos versus Implantologia 13. Indicações 17. Efeitos Adversos 17. Implicações odontológicas 17. Osteonecrose maxilar associada ao uso de Bifosfonatos Conceito 18. Etiopatologia 18. Estratégias 21. Diagnóstico e Características 22. Tratamento e Prevenção 23. Osteointegração 24. Discussão 28. Conclusão 30. Bibliografia 31. Tabelas Tabela 1 12. Tabela 2 16. Tabela 3 23. Figuras Figura 1 11. Figura 2 13. Figura 3 18. Figura 4 27. Resumo O uso de bifosfonatos está diretamente relacionado com a inibição da atividade osteoclástica, ou seja, não remodelação óssea. Neste processo é inibida a quimiotaxia que, consequentemente, irá diminuir a longividade e atividade dos osteoclástos, induzindo a apoptose. As principais patologias onde é utilizada a administração de fármacos biofosfonatos são, a doença de Paget, doenças osteodegenerativas, tal como, osteoporose, e patologias ósseas relacionadas a neoplasias malignas, tais como, cancro da mama, próstata ou pulmão. Nos casos de neoplasias, a administração de bifosfonatos é predominantemente intravenosa, enquanto que em situações como a osteoporose prevalece a administração oral. A osteonecrose dos maxilares (ONM), pode estar associada ao uso de bifosfonatos, verificando-se dor nos maxilares e necrose óssea. Abstract The use of bisphosphonates is directly related to the inhibition of osteoclastic activity, so, not bone remodeling. This process is inhibited chemotaxis, consequently, will reduce the longevity and activity of osteoclasts, inducing apoptosis. The main pathologies in which administration of drugs is bisphosphonates are used, Paget disease, osteodegenerativas diseases, such as osteoporosis, bone diseases and related malignancies such as breast cancer, prostate cancer or lung. In cases of malignancies, the bisphosphonate is predominantly intravenous administration, whereas in situations such as osteoporosis prevails oral administration. Osteonecrosis of the jaw (ONJ), may be associated with bisphosphonate use, checking for jaw pain and bone necrosis. Introdução Desde à muitos anos que os bifosfonatos têm vindo a ser utilizadis como terapêutica no tratamento das metástases ósseas, cancro do pulmão, mieloma multiplo, doença de Paget e controlo de doenças do metabolismo do cálcio. Com o aparecimento de doenças como a osteoporose e a osteopenia, o uso de bifosfonatos tem vindo a ser mais recorrente. Esta terapêutica é tão utilizada que, nos EUA, entre 2003 e 2004, num perído de tempo de um ano, foi estimada a precrição de 22 milhões de alendronato, bifosfonato. (ADA. 2006) Os bifosfonatos são usados nas doeças acima descritas, uma vez que têm a capacida de alterar o mecanismo de remodelação óssea. Mas nem tudo o que envolve bifosfonatos é o desejável. Com o uso recorrente desta droga, apareceram as complicações associadas a este tipo de tratamento, sendo as mais recorrentes as complicações associadas a mialgia e à esofagite. (Hillner et al. 2000). Desde 2003 que se conhece a osteonecrose nos maxilares provocada por bifosfonatos, quando analisadas 36 lesões ósseas na mandíbula ou/e maxila em pacienes que tomavam pamidronato ou zoledronato. As lesões eram graves e recorrentes e, como tal, a ONMB passou a ser bastante reconhecida pelo impacto na qualidade de vida dos pacientes que tomavam bifosfonatos. (Marx RE, 2003) Os bifosfonatos caracterizam-se pelo grande potencial de inibição dos osteoclástos, sendo os principais fármacos usados nas doenças do metabolismo ósseo e em tumores malignos. Deve-se ter em conta o efeito de acumulação e a dose, uma vez que estes factores contribuem para a osteonecrose. (Van Beek et al. 1999; Bergstrom et al. 2000; Dunford et al. 2001; Li et al. 2001; Bamias et al. 2005; hoff et al. 2008) Aquando da colocação dos implantes dentários, pode ser visível uma diminuição da capacidade do processo de cicatrização do pacinete, aumentando a susceptibilidade à osteonecrose da maxila e da mandíbula, comprometendo a viabilidade dos implantes. (DentalPro nº 66) A administração dos bifosfonatos pode ser oral ou intravenosa, sendo a intravenosa utilizada nos casos de redução da dor óssea e na malignidade de hipercalcémica em pacientes com cancro ou doenças ósseas. Visto ser uma situação de doença grave, os pacientes, neste tipo de administração, estão mais susceptíveis à osteonecrose oral, principalmente nos casos em que se fez alguma extração dentária. No caso da administração oral, esta é utilizada no tratamento de osteoporose e osteopenia, doenças mais recorrentes em mulheres em menopausa. Os bifosfonatos têm um tempo de semi-vida estimada em anos. (DentalPro nº 66) Os fatores de risco estão dependentes do tipo de medicação, tempo de exposição, via de administração, quimioterapia, doença periodontal, tabagismo, ustilização de glicocorticóides e diabetes. (DentalPro nº 66) Objetivo Realizar uma revisão sistemática sobre a influência da terapêutica com Bifosfonatos na Implantologia, abordando os efeitos e as patologias associadas à sua utilização. Materiais e Métodos A presente revisão bibliográfica foi baseada em informação científica publicada, recorrendo-se às seguintes bases de dados: „MEDLINE/Pubmed“, „B-On“, EBSCO HOST“ e „SCIENCE DIRECT“, através da utilização das seguintes palavras-chave: Biofosfonatos; Osteonecrose; Implantologia; Osseointegração; Implante Dentário; Osteonecrose. Bifosfonatos Definição Os bifosfonatos têm sido utilizados desde 1960 e definem-se por medicamentos capazes de modificar o metabolismo ósseo, aumentando a densidade óssea e reduzindo o risco de fratura, trantando de patologias relacionadas com os tecidos ósseos, tais como a osteoporose, hipercalcemia associada à disseminação óssea de neoplasias malignas, com especial relevo o mieloma múltiplo e cancro metastático para o osso. Os osteoclastos tem uma importante função de mediação da inibição da reabsorção óssea, devido às estruturas químicas formadas pelos biofosfonatos (BPs): P – C – P. Estas substâncias são análogas químicas do ácido pirofosfórico que está presente no organismo e que inibe a reabsorção óssea, mas como o pirofosfato sofre hidrólise enzimática, não pode ser tido como um agente terapêutico no controlo da reabsorção óssea. Sendo assim, recorre-se aos BPs para que atuem mais rapidamente e eficazmente no controlo da patologia óssea, uma vez que resistem fortemente à hidrólise enzimática, pois o átomo de oxigénio presente no ácido pirofosfórico é substituido pelo átomo de carbono. (Brozoski M. A. et … Continued

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Colocação de implantes em zona estética maxilar

  www.posgraduacao.eu     COLOCAÇÃO DE IMPLANTE EM ZONA ESTÉTICA MAXILAR DIPLOMA UNIVERSITÁRIO DE IMPLANTOLOGIA E REABILITAÇÃO ORAL Porto, 2015 AUTOR: Dra. Sophie Gomes     “O começo de todas as ciências é o espanto de as coisas serem o que são.” Aristóteles Lista de siglas e abreviaturas FDBA –Dried Bone Allograft (Enxerto Ósseo Congelado e Seco) DBBM – Osso Freezer bovino mineral desprotéinizado GBR – Guided Bone Regeneration – Regeneração Óssea Guiada PTFE – Politetrafluoretileno Índice RESUMO 4 Metodologia 4 Introdução: colocação de implante em Zona estética 5 Implante imediato versus implante convencional 5 Preservação do osso alveolar e regeneração óssea 7 B1) Enxertos ósseos 8 B2) Membranas B2.1) Membranas reabsorvíveis 10 B2.2) Membranas não reabsorvíveis 11 Fatores que influenciam o sucesso estético 12 C1) Estrutura anatómica da maxila 12 C2) Elementos do sorriso estético 14 C3) Elementos gengivais e dentários 14 C3.1) Biótipo periodontal 15 C3.2) Papila interdentária 18 Posicionamento tridimensional do implante D1) Posicionamento Ápico-coronal 19 D2) Posicionamento Mesio-distal 19 D3) Posicionamento Bucolingual 20 Desempenho dos tecidos Moles 20 Importância da restauração provisória 22 Considerações Finais 22 Resumo A substituição de peças dentárias em zona estética tornou-se um padrão importante para a implantologia. A habilidade de colocação de implantes na zona anterior da maxila tem sido repleta de obstáculos e, por vezes, é necessário um aumento dos tecidos duros e moles para cumprir as exigências estéticas e funcionais. O objetivo desta monografia é de resumir as considerações anatómicas e cirúrgicas essenciais para a obtenção de uma maior taxa de sucesso cosmético na zona maxilar da implantologia actual. Metodologia: Na elaboração desta revisão bibliográfica recorreu-se à pesquisa nas bases de dados B-on, Pubmed, Science Direct e Scielo entre os anos de 2008 e 2013. Na pesquisa foram incluídos estudos de revisão, epidemiológicos e clínicos e foram excluídos todos os artigos que não incluíam um dos termos posteriores no título. Palavras-chave: Dental Implant Placement, Esthetics Zone, Membrane, Bone Grafting Introdução A descoberta do conceito de osteointegração viabilizou o aparecimento de novas possibilidades de tratamento que revolucionaram a reabilitação dentária. Em implantologia, o conceito de osteointegração foi pela primeira vez adotado por Branemark 1,2 em 1964 e as directrizes para obter uma conexão directa entre osso e o titânio foram descritas pelo mesmo autor em 1977, tendo sido demonstrada posteriormente a capacidade de reabilitar de forma previsível pacientes parcialmente e totalmente edentúlos. Progressões nas técnicas clinicas e biomateriais deram a possibilidade a uma ampliação significativa das aplicações do tratamento em implantes dentários. 1,2 As exigências estéticas impostas por reabilitações implanto-suportadas estão a aumentar na região anterior oral. Nestas regiões, a dentição natural é cercada com uma margem gengival delicada e uma papila interdentária em forma de pirâmide. A arquitectura gengival é determinada principalmente pela anatomia dos dentes e pela posição e tamanho das superfícies de contacto3,4 e todas essas características são enquadradas pela linha do sorriso5. Portanto, é importante que o clinico tenha em conta considerações de tecidos moles, incluindo a altura da papila e a presença de gengiva aderida para cumprir as necessidades estéticas do paciente. Por consequência, um plano de tratamento pré-operatório na colocação de implantes é necessário para uma avaliação do tecido duro e mole determinando assim o tipo e tamanho da reabilitação protética necessária. Desenvolvimento Implante Imediato Versus Implante Convencional Os tecidos que rodeiam e ancoram um dente no processo alveolar compõem o periodonto. Este periodonto inclui gengiva, tecido conjuntivo, cemento, ligamento periodontal e osso alveolar. O osso alveolar é constituído por osso cortical e osso trabecular esponjoso 2,5. Se um dente requer extracção, a terapia de implante é muitas vezes considerada como uma das melhores opções para substituir um dente, funcionalmente e esteticamente. No entanto, é essencial que o volume ósseo alveolar seja suficiente e a arquitectura de rebordo alveolar favorável para a obtenção estética e funcional ideal4. Para melhor compreensão dos benefícios da preparação do local para implantes, é primordial ter conhecimento dos eventos de remodelação após extracção dentária e passos que possam levar a um melhor efeito com o menor número de intervenções cirúrgicas6. As condutas tradicionais recomendam que após extracção dentária, é integrante aguardar um período de 6 a 9 meses para que ocorra cicatrização e neoformação óssea da crista alveolar antes da colocação de implante, seguido de um período de espera de cicatrização sem carga após a colocação do implante de 3 a 6 meses para que ocorra a osteointegração7,8,9. Actualmente, estes protocolos foram rectificados, especialmente quando a substituição dentária é de apenas um elemento, possibilitando assim objectivos que viabilizem um menor número de intervenções e tempos de tratamento mais curtos. Tendo em conta, o tempo passado entre a extracção dentária e a colocação de implante, foi determinada uma classificação que conecta a fase de cicatrização da zona receptora com a aproximação terapêutica efectuada8,10,11,12. Tipo 1: Implante Imediato Tipo 2: Implante Secundário Tipo 3: Implante Tardio Tipo 4: Implante Maturo O osso remanescente é suficiente para garantir a estabilidade primária, colocação do implante na mesma sessão cirúrgica em que é feita a extracção dentária. O implante é colocado 4-8 semanas após a extracção dentária, permitindo a cicatrização dos tecidos moles e cobertura mucogengival adequada ao alvéolo. O osso e a crista alveolar encontram-se parcialmente cicatrizados, a colocação de implante é feita 3-6 meses pós extracção dentária. Indicada para promover o crescimento ósseo através de enxertos ósseos e/ou membranas. A colocação do implante é feita 6-9 meses ou mais após a extracção dentária. Osso completamente cicatrizado e maduro no alvéolo. Tab.1: Classificação do tipo de implante segundo o tempo pós-extração dentária. Relativamente á colocação de implante do Tipo 1 (Imediato) a sua maior denotação é em regiões anteriores da maxila, visto a enorme necessidade estética por parte do paciente e onde a perda dentária tem maior perturbação psicológica13, sendo uma modalidade de tratamento com alta taxa de sucesso14. As vantagens deste tipo de implante comparativamente com a abordagem de uma terapêutica convencional são a diminuição da duração total do tratamento, redução do número de sessões experienciadas pelo paciente e do custo … Continued

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